quinta-feira, 19 de julho de 2012

Existem pessoas tão burras que possuem apenas diplomas acadêmicos. A ignorância é lastimável, já que essa raça não consegue se imaginar abaixo de nenhum ser humano, e sendo assim, pisam em todos, rebaixam todos. Eles querem que você se sinta mal, pois assim eles se sentem bem. Mas o que seria dos fortes sem os fracos? Digo, gente assim é fraca. Fracas porque não conseguem evoluir; fracas porque estão estagnadas, acomodadas; fracas pois seu ego é tão grande que não lhes permitem melhorias. Pois é. Os fortes abraçam, e os fracos condenam, criticam. Convenhamos que não é nada difícil apontar os erros dos outros, mas e nossos erros? Ninguém é perfeito. Nem você. Todos nós somos iguais. Você não é capaz de sentir o cheiro de merda que exala, pois está ocupado demais cuidando da sua imagem refletida no espelho. A diferença é a humildade. Mas calma, a linha é tênue entre humildade e fingimento. Várias pessoas dominam a arte de se fazerem de coitadas, pois suas línguas soltam mentiras sem medo e manipulam muitos desavisados. Mas o carma vem e dá a cada um o que semeou ao longo da vida. Suas intenções são boas? Você favorece as pessoas? Ou tudo que você deseja se resume em você? Você é capaz de estender a mão? Você, seu idiota, é capaz de se colocar no lugar dos outros? Pois eu garanto que se você se visse de fora choraria, pois sua escrotice não tem limites. Condena as atitudes dos outros, mas é incapaz de ver que as suas são piores. No começo a gente pode até sofrer por pessoas assim, mas depois a visão se abre e percebemos que elas não vão longe. Peixe morre pela boca. Você está cavando um buraco no qual ficará caído. Suas falas vendem hipocrisia. Na superfície é tudo lindo, mas por dentro a desgraça não é pequena. O que é mais importante? Talvez eu nunca seja única pra você, e eu serei a única que não salvará seu mundo porco. Animal mecânico.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Avistei um senhorzinho dia desses sentado no banco da praça, olhando os pombos que tentavam, em vão, achar migalhas naquele chão imundo. Ele tinha olhos azuis piscina que transmitiam esperança e simplicidade, tamanha intensidade e bondade eles carregavam. Sempre o encontrava naquela mesma praça, sentado no mesmo banco; e o seu ar de sabedoria fazia com que eu quisesse me aproximar daquele homem. Até que então, sentei-me ao lado dele, e tímida, soltei um "boa tarde". Ele me olhou e indagou "olá, jovem!". Papeamos a tarde toda. E assim que me levantei para ir embora, sentia-me completa, cheia. No dia seguinte, caminhando pela mesma praça, não o vi sentado no banco. Dei uma olhada ao redor para ver se o encontrava. Foi quando senti uma mão quente tocar meu ombro. Era ele. Iniciamos uma prosa, que, sinceramente, transformou meu modo de pensar. Aquela 'conversa' (que não foi bem uma conversa) dividiu minha vida em antes e depois. Digo, nem pra todos aqueles ensinamentos são válidos, contudo, para mim, foi exatamente o que eu precisava ouvir. Eram épocas turbulentas, nas quais eu estava estagnada, sem saber para onde ir, sem saber discernir qual o melhor rumo a tomar. Curiosamente, assim que tocou meus ombros, soltou duas palavras "deixe estar". Olhei para trás e o senhor já não mais estava lá. Estranho, pensei comigo. Não dei muita bola e toquei em frente. Depois de uma ou duas semanas, andando pela mesma praça, alguém me chamou. Algo tocou meus ombros e sussurrou "deixe estar". Olhei para trás e não vi ninguém. Já sabia quem era. Procurei por ele e não o encontrei. Voltei para casa indagada, repetindo para mim mesma "deixe estar, deixe estar". Fechei os olhos e adormeci. Sonhei com o velhinho repetindo essas palavras pra mim. Acordei assustada. Lavei o rosto e fui jantar. Estava tão distante de mim mesma e tão estressada que resolvi deixar esse ensinamento me guiar. "Deixe estar". Para todo efeito de causa, deixei estar. Deixei estar e parei de me preocupar. Parei de me auto-sufocar e de me cobrar em demasia. Parei de querer e exigir perfeição. Parei de cobrar, parei de esperar, parei de planejar. Deixei estar. Este foi um dos conselhos mais válidos que recebi. Simples e sucinto; completo. Praticar o desapego de si, desapego material, desapego das pessoas e deixar a vida tomar seu próprio rumo não é fácil, mas é gratificante. A vida sempre tem a melhor resposta. Não tente impedi-lá. 



terça-feira, 3 de julho de 2012

Sentada no balanço da varanda, na calada da noite, cabelos ao vento. Da mesma maneira que aquela brisa parecia varrer suas dores, varria também seu ânimo. Queria estar em qualquer lugar, mas não ali, assistindo uma tempestade de emoções e confusões sentada em um balanço. Ah, esse balanço! Bem que poderia balançar sua vida inteira, não apenas seu corpo, que nada mais era do que uma casca para segurar sua alma, já que esta gostaria de sair por aí, flutuando a noite inteira. Queria visitar o paraíso, queria dançar, queria o mundo, queria viver de sonhos. Fechava os olhos e se imaginava voando como borboleta, sonhando com um mundo cor-de-rosa. As estrelas brilhavam tão lindamente, e ela estava perdida. Ultrapassou limites que não podia, mudou o que não devia. Estava perdida. Estava esperando. Esperando. Esperando... Estava sozinha e esperando. Tinha o que queria, mas não tinha o que precisava. Cansada demais para se deixar ir, para esquecer, para arriscar. Mas quem não arrisca não petisca. Era preciso tentar. Era preciso achar a chave certa para abrir aquela porta. Fugir deveria ser simples, ser fácil. Mas não era. Nunca foi. Talvez por se importar demais com os outros. Talvez por ter medo de se arrepender depois. Resolveu esperar. Esperar alguma luz, algum brilho que a acendesse. Fechou os olhos e balançou. Seu coração batia forte, estava correndo; correndo e pensando. Estava com medo. Olhou para cima, para o brilho da noite. Todos estavam sob o mesmo teto. Ela não ia parar agora.




segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cruzei ruas, cruzei olhares.
Não te cruzei.
Cruzei sorrisos, cruzei dores.
Não te cruzei.
Cruzei amigos, cruzei temores.
Não te cruzei.
Cruzei mazelas e traições, palavras e afetos.
Não te cruzei.
Apenas quando cruzei lembranças,
te achei.