domingo, 19 de maio de 2013

Vícios. Coisas das quais você não consegue se livrar. Essas coisas lhe machucam, mas você as abraça mais forte. Não para, não morre. Vivem coladas em você e o sossego não chega, mas é tudo culpa sua, você deixou chegar a este ponto, e a culpa é somente tua. Acordar é difícil. Seu corpo está acostumado, ele clama por aquilo, é a droga dele, é o ponto de partida dele. Mas é preciso lutar com dentes e unhas. É isso ou aquilo. Entregar-se é mais fácil, porém, não é conveniente. "Tudo posso mas nem tudo me convém". Discernir entre sua vida ou sua morte. Morte da alma, não da carne - essa é a pior morte, pois as cores somem e o seu mundo fica preto e branco. Você vai para a escuridão, e é você contra você. Você se faz sangrar e você se cura. Contradições de uma vida erudita. Uma vida vã, sem sentido, sem caminhos, sem misericórdia, sem escolhas. Escolhas todos têm, mas o mundo é acostumado a cegar as pessoas, pessoas que permitem tal atrocidade, e a partir  desse instante você joga fora suas escolhas, suas ambições. Sabe quando se é criança e o mundo é pouco? Você sonha com o melhor sempre, mas todos dizem que é ilusão. Você planeja coisas sensacionais, coisas que cabem em seus sonhos, coisas que você pensa que te farão sorrir a cada dia, que sejam o motivo da sua alegria. Mas isso é roubado brutalmente de você. "Isso é ilusão" - dizem. "Isso nunca vai se realizar". E você cai, você se afunda, sua própria capacidade é posta em prova. "Eu não vou conseguir, eu não nasci pra isso, não mereço isso". Porra, você merece é mais, muito mais. Você é do tamanho dos seus sonhos, você é capaz de realizá-los. Se você os sonhou, eles são seus, e você tem o direito sim de persegui-los. "Nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem; que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém".