Om namah shivaya. Eu honro a divindade que habita em mim. Não
importa como denomine essa identidade, o respeito é necessário. Honrar sua
divindade é compreender que você é um ser divino – não importa qual seja seu
deus – e que para honrá-lo, você precisa se honrar primeiro; honrar-se é
respeitar suas origens, sua moral, sua verdade. A verdade é relativa, mas todos
nós construímos nossas próprias verdades durante a vida e devemos apreciar
isso. Cada dia torna-se mais frequente encontrar pessoas que perderam a
reverência pela vida e, consequentemente, por elas próprias, pois cada pessoa é
vida. E não apenas pessoas – a vida nos rodeia constantemente – o respeito deve
ser geral; mas para que este seja possível, ele precisa ser primeiramente, individual.
Quem não está feliz não é capaz de fazer o próximo feliz. Quem não se respeita é
incapaz de respeitar os demais. Quem mente para si próprio mentirá mais fácil
para quem o cerca. Isso tudo é explicado pela falta de honra por si mesmo.
Honrar-se é ouvir-se, é compreender-se, é saber estabelecer limites e é
encontrar equilíbrio nas dificuldades e nas tentações; honrar-se é contemplar
seu silêncio e encontrar nele a força da sua voz, que não precisa ser
proclamada para que seja ouvida.