quinta-feira, 8 de março de 2012

Crescer é realmente uma merda. Fazemos cinco anos querendo ter as duas mãos já cheias; fazemos doze e ansiamos desesperadamente pelos quinze. Mas quinze não tá bom, quero meus dezoito logo, minha independência. Quero ser uma adulta! Que tola. Chegam os dezoito anos tão esperados, e o que acontece? A vida te puxa, te puxa para a responsabilidade de um quase adulto. Digo quase adulto porque a maioria ainda pensa como criança. Acordar, escolher a roupa, comer, ir trabalhar a pé, se estressar com o patrão, voltar, comer, ir para a faculdade, voltar, dormir. Isso em um dia normal, fora das temporadas de provas da universidade e tirando também os dilemas psicológicos, que acho que são os piores. É quase sempre nessa fase da vida que nos deparamos com uma avalanche de diferentes opiniões e culturas, que quase sempre fundem a nossa mente. No que eu acredito? Quem sou eu? Será que a gente reencarna? Será que existe céu e inferno? Será que são todos um bando de mentirosos? Enfim, são tantas as dúvidas que se passam na mente (pelo menos na minha) que ás vezes eu juro por tudo que queria ter um botão que desligasse tudo e eu não pensasse mais, como um robozinho idiota. Parece que não, mas isso pode nos consumir de modo integral. Chega a ser uma quase-depressão. Acho que fé é muito importante, senão a gente desaba. Crescimento espiritual é uma das coisas que eu mais busco quando eu tô em crise existencial. Mas não pense que a vida é um drama não, a gente que faz isso com ela. No fundo, beeeem lá no fundinho, todos sabemos que devemos viver pensando no presente, aproveitando o agora antes que tudo vire pó. Mas quem consegue fazer isso todo o tempo? É foda irmão, muito foda. Mas é interessante. A busca pela independência pode ser a viagem mais legal da galáxia, se formos espertos o bastante para não sermos engolidos pelos buracos negros que nos circundam que nem mosca em carne crua. Os buracos negros da vida cotidiana são as pessoas infelizes, que juro-por-deus querem extinguir o que nos resta de alegria; são aquelas pessoas enganadoras e maliciosas, que gostam de te provocar até conseguirem acabar com a sua vidinha de arco-íris. E as vezes elas conseguem. Mas não precisam saber, não. A vida sempre dá seu jeitinho de foder com essas pessoas mal-amadas. E vale muitíssimo a pena esperar pra ver essa foda. Fora isso, crescer é realmente um saco porque a gente fica podre, por dentro e por fora. Quem imaginava que ia ter um joelho todo estourado quando tinha apenas oito anos de idade e jogava aquele futebol maroto todo sábado a tarde na rua com o danilinho e o rica? O bom de ser criança é que a gente pensa que é imortal. E isso nos dá tanta imaginação. “Da outra vez vi Deus, era um menino que me dizia para não perder a infância, que a infância era Deus”.

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